sábado, 20 de junho de 2009

Pós ter idade





Pós ter idade

As folhas
que a manhã carrega
nada provam

sinto que amanhã
existirei
semente

não sei

Posso comer
e gritar

gritar
e comer

Gritar e odiar
ter que morrer

virar pó

raiz

Fechar os olhos
prá nunca mais
ter olhos

secretas
as coisas
veem o vazio
dos mortos

Cresce a planta

os mortos sentem frio?
os "pós"
respiram pelos poros?


viram árvores?

frutos

tudo em torno
retorna

somos partes da Planta.

Fátima Frank

domingo, 7 de junho de 2009

Bagunça

escrever
às vezes é
como viver...
cansativo
mas eu amo viver
e amo escrever
e amo o cansaço
então
vou arrumar o quarto